Santo António é o primeiro santo português, o qual foi objecto de particular atenção por parte dos monarcas da primeira dinastia, que incentivaram o culto neste país, a par dos franciscanos, que tinham Mosteiro em Estremoz.
Fernando de Bulhões e Taveira era natural de Lisboa, cidade que o viu nascer, segundo a tradição a 15 de Agosto de 1195. Foi ordenado entre os cónegos regulares de Santo Agostinho, deixando-se mais tarde fascinar pelo ideal franciscano, ordem na qual entrou em 1220 com o nome António. Mais tarde segue para Itália. Aí e no sul de França, prega, ensina em Universidades e escreve famosos sermões, muito apreciados pelo povo, que na sua acção assistia a milagres. Morreu a caminho de Pádua a 13 de Junho de 1231. Foi canonizado a 13 de Maio de 1232.
É por excelência o Santo casamenteiro. Antigamente, a sua representação no Figurado de Estremoz (e também em escultura de vulto em talha) era alvo das mais variadas punições (jogado para dentro do poço, voltado ao contrário no nicho, retirava-se o Menino Jesus de cima do Missal, entre outros), caso o pedido da jovem não fosse atendido.
As festas que anualmente se realizam um pouco por todo o país durante o mês de Junho (13 de Junho é do dia de veneração), em sua honra, são das mais populares de Portugal.
Na colecção do Museu Municipal de Estremoz temos Bonecos de Estremoz que vão do séc. XVIII ao XX. A modelação deste é muito simples, variando na dimensão da peça e nas faces, que invariavelmente são resultado da aplicação de molde. Está trajado com hábito franciscano e tem o Menino Jesus em cima do livro sagrado. Deve-se a associação do Menino na iconografia antoniana, ao facto de alguma da taumaturgia deste estar ligada à figura de Jesus menino. Grande parte dos bonecos anteriores ao séc. XX, são da colecção Júlio Maria dos Reis Pereira.